As Paisagens da Escrita e do Livro
R$76,80
A Coleção Bibliofilia nasce em um momento de profundas mudanças no mundo do livro e do impresso, as quais tocam tanto a produção editorial quanto as formas de transmissão da linguagem escrita e seus mecanismos de recepção. Porém, o amor ao livro permanece. Entre colecionadores experimentados e jovens amantes da leitura, esse amor tem se convertido em movimentos de valorização da bibliodiversidade. Conhecer para valorizar. Valorizar para cuidar e preservar: não poderia ser outro o espírito que guia esses preciosos livros de bolso.
Em As Paisagens da Escrita e do Livro, de Frédéric Barbier, o leitor é convidado a empreender uma longa viagem através da Europa, da planície de Peste à Península Ibérica; das cidades alemãs do Norte à costa do Mediterrâneo, na Península Itálica e na Grécia. Se os livros são um produto da humanidade, nada mais natural do que perscrutar as rotas, os rios, os mares, as montanhas e as imbricações que possibilitaram séculos de comunicações e contatos entre os povos. Sem dúvida, uma narrativa que se apresenta como um modelo notável de geohistória do livro. [Marisa Midori Deaecto | Plinio Martins Filho]
Coleção Bibliofilia n. 04
Capa (serigrafia): Casa Rex (Gustavo Piqueira/ Samia Jacintho)
Ilustrado
Tradução: Elisa Nazarian
Sumário
Apresentação
I. o que é uma paisagem cultural?
1. Entre dois mundos: pelos desfiladeiros alpinos
2. A porta de Borgonha
3. Uma paisagem global: a geografia da “mercadoria”
II. permanência e reflexo da antiguidade
1. O limes e a margem esquerda do Reno
2. Transferência, aculturação, apropriação: as solidariedades geográficas de Tarragona
3. A Grécia e a “nova europa”
III. geografia de um acontecimento: o Reno na virada da modernidade
1. Uma região: na Alemanha Média do século x
2. Os emigrantes
3. A Reforma: o papel de uma “cidade de residência” na economia do livro e da cultura no início do século XVI
IV. geografia de um conjunto: a propósito da Espanha
1. A economia da encomenda
2. As solidariedades do Mediterrâneo Ocidental e do Tirreno
3. Transferência das práticas e das formas
V. a cidade
1. No tempo das rotas
2. Medos e notícias falsas
3. Da capital à sede administrativa do Cantão
4. Topografia da Cidade de Feiras
Abreviações
Lista das Ilustrações
Informação adicional
| Peso | 0,390 kg |
|---|---|
| Dimensões | 10 × 15 × 1,6 cm |
| Ano | 2023 |
| Edição | 1a. edição |
| Encadernação | Capa dura, Ilustrado, serigrafia |
| ISBN | 978-65-5580-058-6 |
| Páginas | 160 |
Autor(es)
- Elisa Nazarian
Elisa Nazarian, paulista de origem armênia, é escritora, tradutora e preparadora de textos. Atualmente mora em uma chácara em São Roque, interior paulista. É mãe de três filhos, entre os quais o escritor Santiago Nazarian, uma das revelações da prosa brasileira. Pela Ateliê publicou Feito Eu, Bilhete Seco e Resposta. - Frédéric Barbier
Frédéric Barbier, historiador dos livros e das bibliotecas. Autor de uma obra vastíssima, iniciou suas pesquisas com uma tese dedicada à história da editora Berger-Levrault, um verdadeiro império iniciado em Strasbourg, no século 17. Em sua tese de doutoramento, propôs uma análise comparativa da constituição do mercado editorial na Alemanha e na França no século 19. A pesquisa resultou em dois grossos volumes de um estudo inédito e marcado pela erudição. A partir daí, seus temas foram vastos, tanto quanto seus interesses pelo mundo e, particularmente, pelos livros e bibliotecas da Europa Central no Antigo Regime. Barbier analisou a invenção dos tipos móveis, observando a economia do livro nos séculos que antecedem à nova descoberta e nos seus efeitos imediatos após a invenção. Como observa muito a Profa. Marisa Midori: “Seu conhecimento profundo da Europa e dos caminhos da Europa, somado ao seu espírito de camaradagem, me fazem pensar que Frédéric Barbier bem desempenhava o papel de um Erasmo de Roterdã, esse viajante erudito, amante dos livros e das bibliotecas, que palmilhou e conheceu em profundidade a sua velha Europa". Frédéric Barbier faleceu em 28 de abril de 2023, aos 72 anos de idade. [Foto: École Nationale des Chartes]
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