A cidade é a grande figura desta nova coletânea. A cidade abandonada, mesmo que, ironicamente, superpovoada – aquela “aglomerada solidão” que canta Tom Zé em “São São Paulo”. e a gente que nela vive é muda, entristecida e indiferente […] é a cidade que, divorciada de seus habitantes, jorra conceitos, junto com lixo, de suas tripas, de suas tubulações – que, traduzidas num coágulo de conceitos, cruzam o corpo do livro. E é no esgoto e no lixo que se pode tatear alguma mínima clareira sobre esse organismo de pedra cercado de imundície por todos os lados, onde, por picardia, umas flores, vez em quando, nascem […] a cidade, neste livro, se transforma em reflexão sobre a poesia e as implicações que rondam o seu fazer em nosso tempo. Vivendo no coração do caos a dialética das alegrias e das dores, encantar flores no lodaçal, como protesto contra a hostilidade utilitarista do mundo.
Ilustação: João Yamamoto
Sumário
Sem Sumário
Informação adicional
Peso | 0,350 kg |
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Dimensões | 18 × 13,5 × 0,5 cm |
ISBN | 978-85-7480-545-0 |
Páginas | 96 |
Edição | 1ª |
Ano | 2011 |
Encardenação | Brochura |
Autor(es)
- Gabriel Pedrosa
Gabriel Pedrosa é poeta, professor e arquiteto e mestre em arquitetura pela USP, onde atualmente desenvolve sua pesquisa de doutorado. Publicou pela Ateliê laetitia, sp e Ícaro.
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