Segundo o próprio Valéry, o processo da criação de Meu Fausto se deu sem plano preconcebido. A observação não deixa de ser surpreendente vinda de alguém chamado de “poeta do rigor impassível da mente” por Ítalo Calvino, ele também cultor do demônio da exatidão. A correspondência do poeta francês e muitas páginas dos Cahiers também vieram revelar os “arredores” da elaboração de Meu Fausto: Valéry, então um homem de sessenta e dois anos, se apaixona pela jovem Jeanne Loviton, que irá abandoná-lo para se casar com o editor Robert Denöel, ao final, assassinado em 1944, por ter colaborado com os nazistas. O poeta jamais vai se recuperar do duro golpe, e morre no verão de 1945, permanecendo Meu Fausto, que se esperava seria a grande realização de Paul Valéry, na condição de “esboços”, obra aberta à espera de continuidade nas recriações futuras do mito do Fausto.
Apresentação: João Alexandre Barbosa
Introdução, Tradução e Notas: Lídia Fachin e Sílvia Maria Azevedo
Sumário
Apresentação – João Alexandre Barbosa
Um Mito Revisitado: Meu Fausto de Paul Valéry – Lídia Fachin e Sílvia Maria Azevedo
“MEU FAUSTO”
- “Meu Fausto” (Esboços)
- Lust: A Donzela de Cristal (Comédia)
- Primeiro Ato
- Segundo Ato
- Terceiro Ato
- Quarto e Último Ato
- O Solitário ou as Maldições do Universo (Féerie dramática)
Informação adicional
Peso | 0,410 kg |
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Dimensões | 16 × 23 × 1 cm |
ISBN | 978-85-7480-542-9 |
Páginas | 176 |
Edição | 1ª |
Ano | 2011 |
Encardenação | Brochura |
Autor(es)
- Paul Valéry
Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry (1871-1945) foi filósofo, escritor e poeta francês da Escola Simbolista. Após a educação católica tradicional, ele estudou Direito na universidade, então residia em Paris a maior parte do resto de sua vida, onde estava, por um tempo, parte do círculo de Stéphane Mallarmé. Iniciou sua carreira em Direito em 1889. Na mesma época publicou seus primeiros versos, fortemente influenciados pela estética do Simbolismo dominante na época. Depois da Primeira Guerra Mundial se dedicou inteiramente à literatura e foi aceito pela Academia Francesa em 1925.
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