Prêmio Paulo Rónai de Tradução 2007
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) é considerado um dos maiores gênios da humanidade, em função de suas pinturas e esculturas. Poucos sabem, no entanto, que ele encontrou na poesia um modo de dar vida àquilo que só as palavras podem expressar. Neste livro, o escritor e crítico literário Mauro Gama traduz 50 poemas do artista renascentista para o português da mesma época. O propósito foi estabelecer uma analogia entre o contexto histórico do original italiano e a cultura lusófona do período.
2 avaliações para Michelângelo – Cinquenta Poemas
Sumário
Conflito e Inovação no Texto de Michelangelo
- Poesia e Escrita do Novo no Renascimento
- As Edições da Poesia e o Problema de sua Tradução
Cronologia da Vida e Obra de Michelangelo
Pequeno Glossário de Português Quinhentista
Michelangelo:- Cinquenta Poemas
- 1. Para Dante Alighieri [1545]
- 2. A Giovanni da Pistoia
- 3. Contra os Pistoieses
- 4. A Luigi del Riccio [1544]
- 5. Ao Morrer Cecchino Bracci
- 6. À mula e aos círios, junto-vos o mel
- 7. Agandolfo Porrino
- 8. A Giorgio Vasari
- 9. A Vittoria Colonna
- 10. À Mesma
- 11. À Mesma
- 12. Se na pena e na tinta é que composto
- 13. Por que há-de ser, senhora, que se dê
- 14. De enxofre o coração, carne de cera
- 15. Os olhos meus, que perto ou longe vão
- 16. Bem-nado esprito, em que se espelha e vê
- 17. Dize-me, amor, se a olhar eu posso ver
- 18. Não menos ua graça do que a dor
- 19. Não me posso outro estado imaginar
- 20. Não no meu coração o amor tem vida
- 21. Cuidei, quando a primeira vez eu via
- 22. A Tommaso de Cavalieri
- 23. A Tommaso de Cavalieri
- 24. Se um casto amor, se ua piedade altiva
- 25. [Primeira Lição]
- 26. [Segunda Lição]
- 27. Unido à fria pedra é o fogo interno
- 28. Sinto de um fogo um frio estado aceso
- 29. Se o desejo imortal, que ergue e repara
- 30. Tornai aos olhos meus, ó fonte, ó flume
- 31. [Primeira Lição]
- 32. [Segunda Lição]
- 33. Aquele que criou, e não do nada
- 34. O que se fecha ou cobre, ou é lugar
- 35. O noite, ó doce tempo inda que escuro
- 36. Se à beleza vos fosse o fogo igual
- 37. Do doce pranto ao doloroso riso
- 38. Se eu cresse à prima vista que me guardo
- 39. Não viram os olhos meus cousa mortal
- 40. Vejo em teu belo rosto, senhor meu
- 41. Sabes que sei, senhor, que sabes bem
- 42. Pelos olhos e ao peito, num instante
- 43. Só co fogo o ferreiro o ferro estende
- 44. Pesado de anos, de pecados cheio
- 45. Quereria querer o que não quero
- 46. Se me entristece e dói, também me é caro
- 47. Lá no alto teu diadema reluzente
- 48. Esta mulher se solta
- 49. Ao Morrer Cecchino Bracci (II)
- 50. Caro me é o sono, e mais, em pedra o achar
Sobre o Tradutor
Informação adicional
Peso | 0,470 kg |
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Dimensões | 14 × 21 × 1,0 cm |
ISBN | 978-85-7480-271-8 |
Páginas | 144 |
Edição | 1ª |
Ano | 2007 |
Encardenação | Capa dura |
Autor(es)
- Mauro Gama
O poeta e crítico literário, Mauro Gama, nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Estudou letras clássicas e ciências sociais, em que se licenciou pela UERJ. Estreou em livro com os poemas de Corpo Verbal (1964). Trabalhou como redator de editoras e obras de referência, entre as quais cinco enciclopédias, como a Barsa 1, a Mirador Internacional (onde foi assessor editorial de Otto Maria Carpeaux e Antônio Houaiss) e Barsa 3. Trabalhou na primeira fase do Dicionário Houaiss e colaborou na imprensa carioca, sobretudo em revistas da Bloch, no Jornal do Brasil e O Globo, em cujo caderno “Prosa & Verso”, de vez em quando, ainda resenha livros de literatura. Autoexilado de sua grande e violenta cidade, vive hoje principalmente de lexicografia e traduções, em sua Quinta da Janaína, em Mendes/RJ. Outros livros publicados: Anticorpo (1969) e Expresso na Noite (1982), poemas; José Maurício, o padre-compositor (1983), ensaio; Michelangelo – Cinquenta Poemas (2007: tradução para o português coetâneo e estudo crítico; Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional) e Zoozona seguido de Marcas na Noite (2008). Mauro Gama tem mais cinco livros de poemas inéditos, dois volumes de crítica e história literária, e muitos cadernos de diário, que escreve há quase 50 anos.
- Michelângelo
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475-1564) foi pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores artistas de todos os tempos. Desenvolveu seu trabalho artístico principalmente em Florença e Roma, contando com a proteção de seus mecenas a família Medici e os papas. Suas obras trazem influências da antiga arte clássica e do Renascentismo. Sua percepção da luta e contradições entre a matéria e o espírito, entre a miséria humana e o mundo divino, unidas à sua exigência de perfeição, fizeram-no a própria encarnação do gênio. [Pintura de Daniele da Volterra - Metropolitan Museum]
Murilo Facchini dos Santos –
Alguma previsão de quando a obra voltará ao estoque?
PABLO AUGUSTO-SILVA –
Qual o nome da coleção com essas capas?
Ateliê –
Esse projeto não tem um nome específico. São livros de poesia com capa diferenciada, com ilustração em serigrafia, em papelão reciclado cru, lombada em tecido, produção toda feita artesanalmente.
Ateliê Editorial