A Coleção Bibliofilia nasce em um momento de profundas mudanças no mundo do livro e do impresso, as quais tocam tanto a produção editorial quanto as formas de transmissão da linguagem escrita e seus mecanismos de recepção. Porém, o amor ao livro permanece. Entre colecionadores experimentados e jovens amantes da leitura, esse amor tem se convertido em movimentos de valorização da bibliodiversidade. Conhecer para valorizar. Valorizar para cuidar e preservar: não poderia ser outro o espírito que guia esses preciosos livros de bolso.
Em Os Admiradores Desconhecidos de La Nouvelle Héloïse, Daniel Mornet quebra a distância fria que amiúde se instala entre o Autor e o Leitor. A matéria-prima para a escrita deste ensaio vigoroso e original, publicado em 1909, foram as copiosas cartas que Jean-Jacques Rousseau recebeu dos leitores de seu romance epistolar, objeto de notável sucesso e que despertou a sensibilidade romântica do público no último quartel do século XVIII. [Marisa Midori Deaecto | Plinio Martins Filho]
Coleção Bibliofilia n. 07
Capa (serigrafia): Casa Rex (Gustavo Piqueira / Samia Jacintho)
Tradução: Geraldo Gerson de Souza
Sumário
Os Admiradores Desconhecidos de La Nouvelle Héloïse
Posfácio
Daniel Mornet, um (Quase) Desconhecido entre Nós – Marisa Midori Deaecto
Obras de Daniel Mornet em Ordem Cronológica
Informação adicional
Peso | 0,350 kg |
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Dimensões | 10 × 15 × 1,2 cm |
Ano | 2023 |
Edição | 1a. edição |
Encadernação | Capa dura, serigrafia |
ISBN | 978-65-5580-061-6 |
Páginas | 88 |
Autor(es)
- Daniel Mornet
Daniel Mornet (1878-1954) historiador e crítico literário da literatura francesa. Foi professor no Lycée de Toulouse. Participou da Primeira Guerra Mundial, como tenente, publicando o livro Trincheiras de Verdun (1918) relatando a experiência. Daniel Mornet lecionou na Sorbonne. Ele também foi presidente da Société d'histoire littéraire e diretor da Revue d'histoire littéraire de la France (1922-1945). Daniel Mornet trabalhou principalmente sobre a história literária do século XVIII e contribuiu notavelmente para a questão das origens intelectuais e ideológicas da Revolução Francesa. O papel determinante que desempenhou neste campo foi o exame de uma fonte até então negligenciada: os catálogos das bibliotecas particulares leiloadas entre 1750 e 1780. O objetivo apresentado por Mornet era identificar quais eram as obras realmente lidas pelos franceses da época, obras que poderiam legitimamente ser consideradas como a matriz da grande convulsão revolucionária. No entanto, Daniel Mornet esqueceu algumas características importantes de sua coleção de fontes. Na verdade, esses catálogos foram parcialmente retirados de seus títulos mais controversos. Espontaneamente, os herdeiros evitavam leituras contrárias aos bons costumes para não prejudicar a memória do falecido. Caso contrário, foi o Estado que impôs tal censura. Assim, os regulamentos da Livraria Real estipulavam que qualquer catálogo de livros colocados em leilão tinha que passar antes de sua impressão sob os garfos caudinos da censura: "qualquer violação da ortodoxia, qualquer ideologia subversiva foi, portanto, apagada antecipadamente das próprias fontes. onde Mornet procurava vestígios ”. - Geraldo Gerson de Souza
Geraldo Gerson de Souza trabalhou como produtor editorial na Editora Perspectiva, nas décadas de 1960 e 1970. Autodidata, excelente revisor e tradutor em vários idiomas. - Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) importante filósofo, teórico político, escritor e compositor. As ideias de Rousseau influenciaram profundamente todo o Direito e outras áreas das ciências humanas na medida em que desenvolveram e aprofundaram conceitos como Estado, poder e soberania. Seu primeiro grande texto filosófico, Discurso sobre as Ciências e as Artes, ganhou o prêmio da Academia de Dijon em 1750, marcando o início de seu sucesso intelectual. Certas características da filosofia de Rousseau já emergiram em sua primeira obra: a dura crítica à civilização, entendida como a causa de todos os males e infelicidade na vida humana em contraste com a predominância da bondade humana em seu estado natural. Esses temas foram retomados e desenvolvidos em sua obra posterior, Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, de 1754, mas foi com a obra Do Contrato Social, de 1762, que Rousseau exerceu maior influência, sobretudo por transferir a soberania do governante para o povo. A relação de Rousseau com intelectuais iluministas de sua época acabou se deteriorando devido a discordâncias filosóficas, suspeitas e brigas, levando Rousseau ao isolamento quase completo.
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