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R$95,00
Segundo a Ilíada, de Homero, depois de Aquiles, Ájax é o mais ilustre guerreiro grego na guerra de Troia. Com a morte de Aquiles, Ájax e Odisseu disputam as armas do morto. Odisseu vence a demanda, e Ájax é possuído pela ira. Com sede de vingança, ele decide matar compatriotas que considerava seus inimigos, especialmente Agamêmnon, comandante dos gregos, o irmão dele, Menelau, e o odiado Odisseu. Alucinado, vê no rebanho a imagem de seus desafetos e promove a degola e o massacre do gado. Ao cair em si e constatar o terrível engano, sente vergonha, humilhação e se vê objeto do riso de seus adversários. Por não suportar essas dores, dá cabo da própria vida.
O mito de Ájax ganha admirável versão dramática com a tragédia homônima de Sófocles, que a Coleção Clássicos Comentados, da Ateliê Editorial, associada à editora Mnema, dá ao público, em edição bilíngue, com inspirada tradução de Jaa Torrano, acompanhada de agudos e reveladores estudos do tradutor e de Beatriz de Paoli, bem como de um útil e oportuno Glossário Mitológico de Antropônimos, Teônimos e Topônimos.
Com o lançamento de Ájax, a Ateliê Editorial e a Mnema dão início ao projeto de publicação primorosa das tragédias completas de Sófocles, em sete volumes. [José de Paula Ramos Jr.]
Coleção: Clássicos Comentados
Tradução, Introdução e Notas: Jaa Torrano
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
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R$95,00
Antígona integra a série Tragédias Completas de Sófocles em edição bilíngue com tradução de Jaa Torrano na Coleção Clássicos Comentados pela Ateliê Editorial associada à Editora Mnema. Acompanham texto grego e tradução, os ensaios de Jaa Torrano e de Beatriz de Paoli bem como um glossário mitológico, aparatos úteis à melhor compreensão da poesia trágica de Sófocles.
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
Tradução: Jaa Torrano
Estudos: Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
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Avaliação 5.00 de 5
R$76,00
Marcelo Cid reúne nesta Antologia cerca de trezentas histórias provenientes da Antiguidade greco-latina num arco de tempo que começa no século VIII a.C., com excertos de Homero, e se estende até o século VI d.C. Provenientes de textos poéticos, mas também de obras de Filosofia, História, Teologia e Medicina (quem diria?), são narrativas breves, dotadas não só de algum evento extraordinário mas também de certa incômoda estranheza, que só faz aguçar a curiosidade dos leitores. Quem tiver predileção pelo gênero fantástico se verá brindado por não poucas histórias do seu gosto, sem o trabalho de encontrá-las dispersas entre outras de gênero diverso ou perdidas em livros inalcançáveis. Como anfitriões educados, elas nos convidam gentilmente à leitura, mas aos convidados é difícil parar de ler e ir embora. [João Angelo Oliva Neto]
Organização: Marcelo Cid
Capa e Projeto Gráfico: Gustavo Piqueira / Casa Rex
Ler um trecho em pdf
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R$88,00
A primeira edição desta Antologia esgotou-se em alguns anos, o que é destino mais alvissareiro do que o reservado à maioria dos livros lançados no Brasil. À parte os possíveis méritos desta obra em especial, é fato, noto com alegria, que os estudos clássicos têm vivido uma boa fase no país. Prova-o, entre outras coisas, o número de lançamentos de e sobre literatura antiga da própria Ateliê Editorial nesse período. Outra boa evolução desde 2016, quando saiu a primeira edição, é a muito maior disponibilidade de textos online, em várias plataformas e línguas. Hoje um clique me leva de um autor conhecido a outro sobre quem nunca tinha ouvido falar – gratuitamente ou por preços muito baixos.
Em termos de acesso a textos e ferramentas textuais, vivemos uma era de ouro para o leitor dos antigos. Por esses mesmos motivos, a Antologia poderia crescer muito mais nesta edição (ou em outras, futuramente). Mas isso não era realmente necessário: uma antologia, por definição, nunca será exaustiva – deve, se bem-sucedida, ser representativa. No caso da nossa, ademais, os trechos recolhidos deviam servir como uma proof of concept – o de que é possível ler passagens antigas como pequenas narrativas fantásticas –, função que a coleção inicial já cumpria, segundo creio. Isso posto, esta edição traz sim alguns textos novos, que deixo ao leitor descobrir. [do Prefácio à segunda edição]
Capa e Projeto Gráfico: Casa Rex
Revisão: João Angelo Oliva Neto
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R$87,00
Dentro de sua casa na terra dos traquínios, Dejanira lamenta a longa ausência do marido, Héracles, chamado Hércules pelos latinos, o mais poderoso e célebre herói dos mitos clássicos. Dejanira sente dolorosa angústia por não ter notícia do marido há quinze meses. Aflita, pede que seu filho Hilo busque informações sobre o pai. Hilo parte. Um Mensageiro traz a notícia da vitória de Héracles. Em seguida, o arauto Licas confirma a notícia e apresenta um grupo de mulheres cativas de guerra, que Héracles enviava para casa. Uma das moças desperta a atenção de Dejanira. O Mensageiro revela que a moça se chamava Íole, era filha do rei Êurito, e Héracles apaixonado por ela a tinha como concubina. Dejanira submete-se ao desejo de Héracles e acolhe Íole, mas não evita um forte ciúme. Lembra-se, então, do centauro Nesso que tentara estuprá-la e fora morto por Héracles. Moribundo, o centauro aconselha Dejanira a guardar seu sangue como um filtro que garantiria a exclusividade do amor do herói por ela. Dejanira embebe uma túnica com o suposto filtro de amor e a remete a Héracles, que a veste. A túnica não continha filtro do amor, mas fatal veneno. Hilo retorna e narra a agonia do pai sob ação do veneno. Dejanira, sob o peso da culpa, comete suicídio. Héracles chega carregado numa maca e seus pedidos ao filho são surpreendentes.
O episódio final da vida de Héracles é o tema de As Traquínias, segundo volume das tragédias completas de Sófocles, que a Coleção Clássicos Comentados, da Ateliê Editorial, associada à editora Mnema, tem a satisfação de oferecer para deleite do leitor sensível e exigente.
A edição bilíngue oferece o texto grego original e a precisa e brilhante tradução poética de Jaa Torrano, acompanhados de esclarecedores e eruditos estudos do tradutor e de Beatriz de Paoli. Completa o volume um útil e conveniente Glossário Mitológico de Antropônimos, Teônimos e Topônimos. [José de Paula Ramos Jr.]
Coleção: Clássicos Comentados
Tradução, Introdução e Notas: Jaa Torrano
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
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Avaliação 5.00 de 5
R$78,00
Pastores-poetas celebram seus amores, exaltam a vida rural e disputam a primazia no canto. A Ateliê e a Editora da Unicamp, com apoio da Fapesp, publicam as Bucólicas após 150 anos de sua primeira edição brasileira. Os versos campestres de Virgílio são, aqui, recriados por Odorico Mendes (1799-1864), um dos maiores tradutores que o Brasil já teve. Esta edição traz comentários que revelam como ele recriou a densa musicalidade e os efeitos estilísticos presentes no original do poeta latino.
Tradução: Odorico Mendes
Edição e Notas: Grupo de Trabalho Odorico Mendes
Coedição: Editora Unicamp
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R$69,90
O general Anfitrião se ausenta do lar, partindo para mais uma guerra. Oportunidade essa aproveitada pelo deus Júpiter, que se transfigura no general e assim engana sua esposa, Alcmena, que o aceita como seu verdadeiro marido. Dessa união, nasce o semideus Hércules, por todos conhecidos como uma das mais importantes figuras da Guerra de Troia. Fica a questão: constitui uma comédia ou uma tragédia o enredo do nascimento de Hércules através da infidelidade involuntária de sua mãe, Alcmena, cometida com o grande deus Júpiter disfarçado em seu marido Anfitrião, auxiliado pelo deus Mercúrio fantasiado do escravo Sósia? A peça de Plauto discute questões fundamentais como os duplos, o engano, o abuso da autoridade da parte dos deuses, a comédia profundamente humana do marido traído. Este livro nos ajuda a entender como nomes próprios como Anfitrião e Sósia transformaram-se em substantivos tão ubíquos quanto complexos em nossa tradição intelectual.
Coedição: Editora Kotter
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Avaliação 4.94 de 5
R$520,00
Em comemoração aos 700 anos da morte de Dante Alighieri (1265-1321), a Ateliê Editorial reedita a Divina Comédia, uma das obras-primas da literatura mundial. E reedita mantendo o texto e o projeto gráfico inovador da edição anterior (leitura descendente nos círculos do Inferno e leitura ascendente no Paraíso). Além de trazer de volta a primorosa tradução do erudito italiano João Trentino Ziller publicada originalmente em 1953, em Minas Gerais – a presente reedição do poema oferece as ilustrações de Sandro Botticelli, perdidas durante séculos e identificadas somente na década de 1980.
Tradução e Notas: João Trentino Ziller
Apresentação: João Adolfo Hansen
Notas à Comédia de Botticelli: Henrique Xavier
Ilustrações: Sandro Botticelli
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R$103,00
Finalista na Categoria Tradução no Prêmio Jabuti 2023
Dando continuidade à publicação das tragédias de Sófocles, Ateliê Editorial e Mnema trazem ao público duas novas tragédias: Édipo Rei e Antígona.
Características notáveis da Grécia antiga são o culto dos Deuses e o enorme prestígio de santuários oraculares, onde se revelavam o porvir e o desconhecido em resposta a consultas de governantes e de particulares. Nesse contexto cultural se desenrola a surpreendente e assustadora trajetória do herói Édipo. O rei de Tebas, Laio, certa vez ao consultar o oráculo de Delfos obteve uma resposta terrível: teria um filho que mataria
o pai e esposaria a mãe. Quando lhe nasceu o filho, Laio se lembrou do oráculo e, apavorado, atou o bebê pelos pés e entregou-o a um servo para que o expusesse à morte no monte Citéron. O servo, porém, compadecido, o entregou a um outro pastor que, por sua vez, o conduziu ao seu rei, em Corinto. O rei de Corinto, por não ter filhos próprios, adotou a criança e lhe deu o nome de Édipo. Já adulto, Édipo decidiu consultar o oráculo de Delfos a respeito de sua origem, e em resposta ouve que ele mataria seu pai e esposaria sua mãe. Édipo, para evitar que a profecia se cumprisse, foge de Corinto. Em sua perambulação errática, encontra a Esfinge que às portas de Tebas propunha um enigma aos transeuntes e devorava quem não o decifrasse. Édipo adivinha o enigma, salva a cidade do monstro e, em recompensa pela salvação da cidade, casa-se com a rainha viúva do rei de Tebas, Laio, que recentemente em uma viagem ao estrangeiro tinha sido morto por não se sabia quem. O mito de Édipo encontra sua mais célebre realização na tragédia Édipo Rei, ou Édipo em Tebas, de Sófocles, que a Ateliê Editorial, em parceria com a editora Mnema, oferece ao público leitor na tradução poética de Jaa Torrano em primorosa edição bilíngue. São notáveis a musicalidade e o jogo de imagens que a tradução preserva ao transpor para o português as virtudes estilísticas do texto grego. Acompanham a tradução os esclarecedores estudos de Jaa Torrano e de Beatriz de Paoli, além de um oportuno glossário de teônimos, antropônimos e topônimos. [José de Paula Ramos Jr.]
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
Tradução: Jaa Torrano
Estudos: Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
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R$107,00
Em Áulida, junto ao estreito de Euripo, reúnem-se os exércitos gregos para expedição contra Troia, sob o comando de Agamêmnon, durante um tempestuoso inverno que impedia a navegação. O adivinho do exército, Calcas, anuncia que a Deusa Ártemis abriria o caminho do mar mediante o sacrifício de Ifigênia, filha de Agamêmnon. Coagido pelo compromisso de chefe da expedição, o rei aceita a condição imposta pelo oráculo, imola a filha no altar a Ártemis e pode, enfim, navegar para atacar Troia. A guerra dura dez anos, os gregos alcançam a vitória e voltam a seus lares. Ao chegar em sua pátria, Agamêmnon é assassinado por sua esposa, Clitemnestra, que assim pune o marido pela morte de Ifigênia, com a cumplicidade de seu primo e amante, Egisto, que desposa a rainha e passa a exercer com ela o poder em Argos. Electra, filha de Agamêmnon, subtrai seu irmão, Orestes, da sanha dos usurpadores e o entrega a um servo fiel, que o leva em segurança à Fócida, onde se abriga e chega à idade adulta. Para Electra o passar dos anos não abranda a dor do luto, o pranto e o desejo de justiça punitiva dos matadores de seu pai e usurpadores do trono. Ela sobrevive com a esperança de que Orestes um dia regressasse a Argos para punir a morte do pai e resgatar o trono paterno. O retorno de Orestes a Argos e suas consequências constituem o entrecho da tragédia Electra, de Sófocles, agora apresentada em edição bilíngue na tradução de Jaa Torrano pelas editoras Ateliê Editorial e Mnema associadas. Acompanham a obra ensaios analíticos e interpretativos, bem como um glossário mitológico, elaborados pelo tradutor e por Beatriz de Paoli. Electra é o quinto volume do projeto de edição completa das sete tragédias supérstites de Sófocles, precedido de Ájax, As Traquínias, Antígona e Édipo Rei, e seguido por Filoctetes e Édipo em Colono. [José de Paula Ramos Jr.]
Edição Bilíngue: grego/português
Coedição: Editora Mnema
Tradução: Jaa Torrano
Estudos: Beatriz de Paoli e Jaa Torrano
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Avaliação 3.00 de 5
R$72,00
A tradução do teatro clássico vive um momento afortunado no Brasil, quando tantos experientes tradutores, mais de uma vez ancorados em diferentes paradigmas de trabalho e movidos por propósitos diversos, têm recriado as obras antigas sob parâmetros, de fato, renovadores desse legado.
Esta tradução da Electra de Eurípides cumpre, dentro do espírito vivificante a que temos aludido, seu honroso papel. Na verdade, a fim de recontar aos ouvidos brasileiros do século XXI o velho mito posto em cena pelo dramaturgo antigo, a tradutora responsável, professora Tereza Virgínia Barbosa, pareceu orientar-se por dois parâmetros associáveis à fuga desta sua iniciativa do meramente acadêmico ou banal.
Assim, privilegiado e instigante contato com o teatro de Eurípides, universalmente atemporal, terão os leitores da obra tradutória aqui apresentada.
Tradução: Trupersa (trupe de tradução de teatro antigo)
Direção de Tradução: Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
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Avaliação 5.00 de 5
R$42,00
Em Sófocles, a tensão; em Eurípides, o cômico. No primeiro, a obsessão em punir a mãe; no outro, a digressão ética sobre a vingança. Este volume traz a monumental tragédia grega Electra em duas de suas versões mais célebres. Os autores tratam de modos diversos o tema do matricídio: em Sófocles, clássico; em Eurípides, moderno. Contudo, permanece em ambos a atitude insubmissa e a ação corrosiva da injustiça na alma da jovem solitária. A tradução é de Trajano Vieira, professor da Unicamp.
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Avaliação 4.67 de 5
R$109,00
Das elegias da Grécia Arcaica (séculos VIII-V a.C.) ouvimos, entre outras, as vozes de Sólon, criticando os excessos das oligarquias e pavimentando a trilha à democracia; de Tirteu, Calino e Simônides, enaltecendo homens comuns ao status de guerreiros épicos; de Arquíloco, dizendo que melhor do que ser épico é estar vivo; de Mimnermo, celebrando o mundo de Afrodite e seus prazeres; de Teógnis, mostrando as alianças, traições e afetos que agitam um mundo em transformação. Como gênero poético destacadamente versátil, a elegia nos permite conhecer os mais variados aspectos da existência do indivíduo na pólis.
Elegia Grega Arcaica – Uma Antologia, edição bilíngue, apresenta o que para nós é o alvorecer desta tradição poética, cuja recepção até hoje se estende, e os seus principais poetas, no original e em rigorosas traduções de Rafael Brunhara e Giuliana Ragusa. Acompanham-nas textos introdutórios, bem como alentados comentários sobre as nuances poéticas do original e o contexto histórico, linguístico e cultural subjacente a cada poema – esforço raro em antologias deste tipo –, num convite tanto ao leitor contemporâneo de poesia, quanto ao estudante que se inicia nos estudos clássicos.
Coedição: Editora Mnema
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Avaliação 5.00 de 5
R$86,00
Sob o comando e o entusiasmo do imperador Otávio Augusto, Virgílio produziu A Eneida para exaltar a origem e o espírito do povo romano. Inspirado em Homero, o poeta buscou criar a obra mais perfeita de todos os tempos. Nesta edição, revista e ampliada, a saga mítica de Eneias pelo Mediterrâneo pode ser lida com a tradução e os comentários de Odorico Mendes. O volume possui um estudo do professor Antônio Medina Rodrigues, da USP, além dos mapas e da árvore genealógica da Grécia e de Troia.
Tradução: Odorico Mendes
Estabelecimento de Texto, Prefácio e Notas: Luiz Alberto M. Cabral
Introdução: Antônio Medina Rodrigues
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R$86,00
Ao poder de Afrodite só são isentas as deusas Palas Atena, Ártemis e Héstia, sempre virgens. Os demais deuses, os homens mortais e os animais são todos sujeitos a ele. O pai dos deuses e dos homens, Zeus, agastado com a força de Afrodite, que coagia deuses e deusas a se unirem em amor com homens e mulheres mortais, a induz a apaixonar-se por um homem, o príncipe troiano Anquises, belo como um deus. Para seduzi-lo, incitada por Zeus, a deusa se prepara com ornamentos e perfumes, assumindo a forma de uma mulher. Perante a beleza dela, Anquises a toma por uma divindade, mas ela o persuade de que era uma princesa, filha do rei da Frígia. Assim, ele não hesita a subir ao leito com ela e a amá-la. Após o coito, Afrodite se revela a Anquises como deusa que é, diz-lhe que gestaria um filho dele, cujo nome seria Eneias. Eis o argumento sumário do Hino Homérico a Afrodite, traduzido com perícia e beleza cristalina por Mary Lafer nesta edição bilíngue para a Coleção Clássicos Comentados da Ateliê Editorial, associada à Editora Mnema. Acompanham a tradução ensaios que realizam a exegese e a interpretação do poema, bem como um ensaio iconográfico da artista plástica Bia Wouk. Os leitores afeiçoados aos textos clássicos encontrarão nos ensaios não só postulações esclarecedoras, mas também o apoio na erudição das referências bibliográficas. Os leitores não especializados, mas fascinados pelo universo da cultura grega antiga, terão prazer e satisfação na leitura desta bela produção de Mary Lafer. [José de Paula Ramos Jr.]
https://www.youtube.com/watch?v=0x4JW6S9DfI
Apresentação e Tradução: Mary de Camargo Neves Lafer
Prefácio: Olgária Matos
Ilustrações: Bia Wouk
Coedição: Editora Mnema
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Avaliação 4.50 de 5
R$82,00
Se há um autor que tem sobrevivido ao teste do tempo, da Antiguidade até o século XXI, este autor é Marco Valério Marcial (c. 38-104). Isso a despeito de ter se especializado no epigrama, um gênero considerado inferior, marginal e menor. Além de grande artífice do verso, Marcial é extremamente moderno ao prenunciar aspectos de nossa sociedade do espetáculo, de comunicação instantânea (como os 140 caracteres do Twitter), do trash, do consumo (onde tudo está à venda), da superficialidade, exibicionismo, da cultura da imagem, do culto ao corpo, do bombardeamento da mídia, redes sociais e culto às celebridades. Se ele acabou sendo obscurecido por outros autores clássicos por sua obscenidade, mais um motivo para que Marcial seja resgatado para os leitores de hoje.
Crítico ácido da sociedade, exímio humorista, ele mesmo construiu uma persona, complexa e contraditória, se vangloriando em vários poemas de ser uma estrela social, famoso em vida, conhecido em toda Roma, e lido até mesmo por um centurião nos confins do império. Um tema preferido, no qual o poeta é hors concour, são práticas e comportamentos sexuais. Outros temas que Marcial toca continuam atuais e mostram a diversidade e imutabilidade da natureza humana: hipocrisia, corrupção, pretensão, egoísmo, vaidade, crueldade, embora a importância da amizade, a afirmação da vida, o humor, a capacidade de se emocionar e a sabedoria da natureza não tenham sido esquecidos. O presente volume apresenta 219 epigramas de Marcial, em edição bilíngue.
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