Augusto Casimiro

Augusto Casimiro (1889-1967) – após a conclusão dos estudos liceais em Coimbra, em 1906, integrou a Escola do Exército. Como oficial, participou na Campanha da Flandres (1917-1918) durante a 1a Guerra Mundial, o que lhe valeu várias condecorações e a promoção a capitão. Exerceu também o cargo de governador do Congo português, de secretário do Governo-Geral de Angola, em 1914, e acompanhou a missão de delimitação da fronteira luso-belga na África. Por se opor ao regime nacionalista, esteve preso em Cabo Verde na década de 1930, regressando a Lisboa, em 1936, graças a uma anistia. Um ano depois, foi de novo reintegrado no Exército português, mas como reserva. A experiência militar marcou a sua escrita, especialmente em Nas Trincheiras da Flandres (1919) e Calvários da Flandres (1920). Como autor de poesia, ficção e textos de intervenção, em que manifestava a sua filiação no ideário republicano, o escritor publicou ainda, entre outros livros, Para a Vida (1906), A Evocação da Vida (1912), Primavera de Deus (1915), A Educação Popular e a Poesia (1922), Nova Largada (1929) e Cartilha Colonial (1936).  Augusto Casimiro foi colaborador da revista Águia e cofundador (1921), dirigente e redator (1961 a 1967) da revista Seara Nova, principal órgão de comunicação que se opunha democraticamente ao regime de Salazar e ao Estado Niovo.Faleceu a 23 de setembro de 1967, em Lisboa.  [Foto: Biblioteca Nacional de Portugal]

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