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Avaliação 5.00 de 5
R$58,00Versos em desalinho, linhas tortas, páginas cheias contrastando com páginas vazias. Em seu livro de estreia, Gabriel Pedrosa relê as transformações subjetivas de nossa época e explora a espacialidade da palavra. Sua pesquisa estética revela influências da poesia concreta, cujas inovações ele amplifica. O poeta cria harmonias “sem recorrer a simetrias fáceis ou a qualquer manual de pureza visual. O projeto gráfico não recusa a complexidade e alça voos próprios”, diz Frederico Barbosa, na apresentação.
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R$56,00A cidade é a grande figura desta nova coletânea. A cidade abandonada, mesmo que, ironicamente, superpovoada – aquela “aglomerada solidão” que canta Tom Zé em “São São Paulo”. e a gente que nela vive é muda, entristecida e indiferente […] é a cidade que, divorciada de seus habitantes, jorra conceitos, junto com lixo, de suas tripas, de suas tubulações – que, traduzidas num coágulo de conceitos, cruzam o corpo do livro. E é no esgoto e no lixo que se pode tatear alguma mínima clareira sobre esse organismo de pedra cercado de imundície por todos os lados, onde, por picardia, umas flores, vez em quando, nascem […] a cidade, neste livro, se transforma em reflexão sobre a poesia e as implicações que rondam o seu fazer em nosso tempo. Vivendo no coração do caos a dialética das alegrias e das dores, encantar flores no lodaçal, como protesto contra a hostilidade utilitarista do mundo.
Ilustação: João Yamamoto