De 1500 a 1515, Manuzio editou cerca de cento e cinquenta títulos, formou um catálogo invejável e inovou o modo de fazer livros. Entre suas invenções, destacam-se a letra cursiva, o formato de bolso, as coleções temáticas e os conselhos editoriais. Tudo isso rendeu a ele respeitabilidade como editor, tipógrafo e livreiro, e um lugar de destaque na história do livro. A obra de Satué recupera essas contribuições, que ainda hoje são fundamentais para quem se dedica à arte da edição.
De 1500 a 1515, Manuzio editou cerca de cento e cinquenta títulos, formou um catálogo invejável e inovou o modo de fazer livros. Entre suas invenções, destacam-se a letra cursiva, o formato de bolso, as coleções temáticas e os conselhos editoriais. Tudo isso rendeu a ele respeitabilidade como editor, tipógrafo e livreiro, e um lugar de destaque na história do livro. A obra de Satué recupera essas contribuições, que ainda hoje são fundamentais para quem se dedica à arte da edição.
Ao folhear um livro, o leitor nem sempre – ou quase nunca – se dá conta das escolhas gráficas e tipográficas feitas pelo designer. No entanto, é essa preocupação constante do profissional que faz uma publicação ser mais bonita e mais fácil de ler. Este pequeno volume traz um conjunto de citações de especialistas sobre o design e a edição de livros. Uma das frases, de Richard Hendel, define bem o ofício: “”Se a impressão é a arte negra, o design do livro pode ser a arte invisível”.
À frente da Casa Rex, Gustavo Piqueira já recebeu mais de 500 prêmios de design gráfico. Sua atuação é reflexo do modo como enxerga design: como um diálogo. Ricamente ilustrado, este livro mostra seu livre trânsito por todas as áreas do design gráfico e a remoção das habituais fronteiras da profissão, expandindo sua atuação por ilustrações, objetos, tipografia, todos marcados pela livre mistura entre design, história, arte e literatura. Gustavo Piqueira é assíduo colaborador da Ateliê Editorial em projetos gráficos e capas de livros consagrados. Em As Artes do Livro na Biblioteca de Gustavo Piqueira encontraremos manuscritos medievais, livros de artista, novelas gráficas, fotolivros, livros infantis, códices pré-colombianos, design editorial, edições artesanais, fanzines e literatura experimental. Todos reunidos, misturados e, acima de tudo, desprendidos de suas habituais segmentações, num livre passeio pelas múltiplas possibilidades de texto, imagem e materialidade assumirem funções narrativas no território do livro.
Mesclando a análise da evolução das capas com a história do desenvolvimento do livro, dos editores e dos capistas, Ubiratan Machado oferece uma visão ampla e consistente da história do livro brasileiro do ponto de vista de suas capas. O autor costura a história das capas na trajetória das principais escolas literárias do período em tela, ressaltando as interações entre forma e conteúdo. Dessa forma, passamos pelo romantismo, pelo naturalismo, pelo simbolismo e vemos um grande quadro do modernismo. A alguns dos grandes artistas da capa são reservados capítulos inteiros: J. U. Campos, Di Cavalcanti, Belmonte, Dorca e, talvez aquele que seja pintado com as cores mais belas, Santa Rosa. Naturalmente, há todo um capítulo dedicado à obra infantil de Monteiro Lobato, artista de talentos múltiplos, cuja biografia se confunde com a história do livro na primeira metade do século XX.
Com mais de mil e setecentas imagens de capas, o amante dos livros, Ubiratan Machado, oferece uma densa e coesa história das capas dos livros no Brasil. Obra que nasce original e clássica, tornar-se-á indispensável nas prateleiras de bibliófilos e historiadores. [Felipe Castilho de Lacerda]
Tomás Santa Rosa dedicou-se a vários ofícios no campo das artes plásticas: executou pinturas e gravuras, criou capas, ilustrações e projetos gráficos para livros, revistas e jornais, elaborou cenários e figurinos para o teatro. Foi responsável pela cenografia da peça Vestido de Noiva, dirigida por Ziembinski em 1943, considerada um divisor de águas no processo de modernização do teatro brasileiro. A convivência com Portinari, com quem trabalhou e de quem se tornou amigo, permitiu que aperfeiçoasse o seu apurado senso estético. Com esse conhecimento, Santa Rosa passou a assinar a coluna de crítica de arte no Diário de Notícias em 1945, herdando o posto do aclamado Di Cavalcante. Luís Bueno destaca neste livro o que considera fundamental para o conhecimento da história da editoração e do design gráfico no Brasil: as capas criadas por Santa Rosa.
Tomás Santa Rosa dedicou-se a vários ofícios no campo das artes plásticas: executou pinturas e gravuras, criou capas, ilustrações e projetos gráficos para livros, revistas e jornais, elaborou cenários e figurinos para o teatro. Foi responsável pela cenografia da peça Vestido de Noiva, dirigida por Ziembinski em 1943, considerada um divisor de águas no processo de modernização de teatro brasileiro. A convivência com Portinari, com quem trabalhou e de quem se tornou amigo, permitiu que aperfeiçoasse o seu apurado senso estético. Com esse conhecimento, Santa Rosa passou a assinar a coluna de crítica de arte no Diário de Notícias em 1945, herdando o posto do aclamado Di Cavalcanti. Luís Bueno destaca neste livro o que considera fundamental para o conhecimento da história da editoração e do design gráfico no Brasil: as capas criadas por Santa Rosa.
A Coleção Artes do Livro sempre traz edições bem cuidadas com ensaios sobre a arte de se fazer livros e seu universo. Este pacote reúne todos os volumes disponíveis da coleção com um desconto especial.
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O maior desafio do designer de livros não é criar um objeto bonito, mas descobrir a melhor maneira de servir às palavras do autor. O premiado artista gráfico americano Richard Hendel e outros oito designers apresentam, neste volume, alguns de seus mais importantes projetos visuais. Hendel analisa a escolha do formato, a seleção dos tipos, a disposição da mancha, entre outros aspectos. Traduzida pela primeira vez para o português, esta obra é de grande valia aos profissionais do meio editorial.
Tradução: Geraldo Gerson de Souza e Lúcio Manfredi
O maior desafio do designer de livros não é criar um objeto bonito, mas descobrir a melhor maneira de servir às palavras do autor. O premiado artista gráfico americano Richard Hendel e outros oito designers apresentam, neste volume, alguns de seus mais importantes projetos visuais. Hendel analisa a escolha do formato, a seleção dos tipos, a disposição da mancha, entre outros aspectos. Traduzida pela primeira vez para o português, esta obra é de grande valia aos profissionais do meio editorial.
Tradução: Geraldo Gerson de Souza e Lúcio Manfredi Coleção Artes do Livro n.1
Ex-libris são marcas, geralmente coladas na contracapa ou nas primeiras folhas, que identificam o proprietário do livro. Esta obra apresenta um conjunto de ex-libris pertencentes a José Luis Garaldi, dono do Sebo Sereia, em São Paulo. Há os da época imperial, os que pertenceram a personalidades literárias ou políticas do século XX e os que se destacam por alguma curiosidade do texto ou do desenho. Em cada um deles, muita história para contar e o registro permanente do amor pelos livros.
Com texto introdutório de Robert Bringhurst, A Forma do Livro traz ensaios que o renomado tipógrafo e designer alemão Jan Tschichold escreveu entre 1937 e 1974. Aborda, de maneira didática, os vários aspectos da composição tipográfica: página e mancha, parágrafos, grifos, entrelinhamento, tipologias, formatos e papéis, entre outros. Aliando precisão técnica e reflexão estética, Tschichold aposta no respeito pelo texto e no cálculo das proporções para conquistar a harmonia do conjunto.
Ao terminar este livro longo e denso, não posso deixar de dizer: “Que súmula! A viagem valeu a pena”. Ele percorre, com efeito, os ecossistemas da comunicação gráfica desde as tabuletas de argila até os livros digitais, desdobrando um conhecimento espantoso, instruindo sem pedantismo o leitor. Como estrangeiro (americano, mas amigo da França), vejo aí a marca de um certo espírito francês: a clareza de exposição apoiada em um domínio profundo da pesquisa; uma bela arquitetura de conjunto aliada a uma erudição colhida na ciência mais recente.
“Este livro se lê de duas maneiras: de ponta a ponta, ao longo de uma narração que retraça a evolução do livro através de três milênios, e como manual em que o especialista ou o simples curioso pode se abeberar, informando-se sobre assuntos precisos a partir de um sumário bem detalhado ou do índice remissivo. [Robert Darnton – Posfácio]
Qual seria, pois, o milagre desse objeto, nascido há mais de dois milênios, eminentemente moderno por sua forma cúbica, matemática, industrial muito antes de o ser, que triunfou do rolo até se tornar o “tijolo elementar” do pensamento ocidental?
Contrariamente ao saber digital, o livro, nascido da dobra, fecha-se sobre si mesmo, solidário de sua mensagem. Seu espaço é concebido para produzir uma autoridade, ou mesmo uma transcendência. Confere ao conteúdo a forma de uma verdade e a credita ao autor.
Para compreender o poder fenomenal dessa construção, Michel Melot investigou sua topografia, sua arquitetura. Desceu até sua anatomia profunda, percorreu suas dobras e suas costuras, suas fibras físicas e simbólicas. Interrogou suas relações estranhas com as três religiões chamadas “do Livro”, com o profano, com o comércio, com o político, com a liberdade de pensar, de sonhar, de desejar.
Fotografia: Nicolas Taffin
Prefácio à Edição Brasileira: Marisa Midori Deaecto
A partir da releitura dos principais manuais de desenho da escrita de quatro épocas consideradas renovadoras – o Renascimento, o Neoclássico, as vanguardas do século XX (com destaque para os trabalhos/manifestos de Jan Tschichold), e o Estilo Internacional ou Suíço e a obra de Emil Ruder (1967) -, Maria Helena Werneck Bomeny oferece uma análise das letras no aspecto particular de seu desenho, principalmente em suas relações com os suportes em que elas eram impressas ou gravadas.
Massao Ohno foi um dos maiores editores do país, deixando sua ideia e marca que influenciou o mercado editorial independente. Este imenso trabalho gráfico pode ser acompanhado no livro Massao Ohno, Editor (Ateliê Editorial), escrito e organizado pelo crítico e professor José Armando Pereira da Silva, e projeto gráfico de Gustavo Piqueira e Samia Jacintho. O objetivo inicial da obra foi o levantamento da produção editorial de Massao Ohno – morto em 2010 -, apresentada cronologicamente, e que pode servir de referência para outras abordagens de sua carreira. Houve também o propósito de conferir a colaboração dos artistas, seus parceiros no desenho de capas e ilustrações. Acompanham a reprodução colorida das capas, apontamentos históricos, biográficos e depoimentos, relacionados aos autores e às obras. Deste rastreamento são reproduzidas capas de 174 obras, que permitem observar como se deu e se firmou sua marca. Mesmo sem acesso a toda sua produção, são destacadas algumas preferências de Massao e a primeira fase da editora, de 1960 a 1964. Nesse período culturalmente intenso, não só os novos poetas tiveram nele um veiculador sensível e comprometido em dar identidade a seus projetos. Poetas conhecidas, como Hilda Hilst, Renata Pallottini, Jorge Mautner, Eunice Arruda e Lupe Cotrim Garaude, receberam dele atenção especial. Cuidou também de outros gêneros, editando de obras teatrais, clássicos orientais e se tornando o maior divulgador do gênero haicai. Além disso, Massao Ohno mudou a trajetória da poesia nacional ao lançar a Coleção Novíssimos, na década de 1960, em que incluía, entre outros, Roberto Piva e Claudio Willer.
Massao Ohno, Editor é uma obra importante que dá luz e forma a um dos mais importantes editores do Brasil, assim como fornece o estudo sobre a linguagem, editoração e o trabalho gráfico que transformou o mercado editorial e que não pode ser esquecido.
Projeto Gráfico: Gustavo Piqueira e Samia Jacintho / Casa Rex
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