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R$44,90Esse é o quarto livro da Coleção Gralha Rara, coedição com a Kotter Editorial.
Muito da poesia ocidental enveredou para o lamento: o lamento amoroso, místico, político etc. Nessas peças fundamentais, como em algo de Homero, Safo, San Juan de la Cruz, Brecht, ou Celan, impera certo código da melancolia, ou do desencanto diante da dor da vida, e a poesia vira o lugar de expor essa dor, torná-la tolerável. Felizmente há também – e necessária – uma outra linha, afirmadora da vida, que passa por momentos de Píndaro, Wordsworth, Nietzsche, Maiakóvski etc., uma linha que, se celebra estarmos vivos, em nada repete a ingenuidade abestada do coro dos contentes. É disso, dessa celebração doída, que trata a poesia de Rodrigo Madeira: a vida afirmada em meio à dor, ou, como vemos nos versos dedicados ao dançarino Kazuo Ohno, “a dança do cadáver, do fantasma / em louvor à vida, antes que a dança da vida / acabe”. Porque a vida acaba sempre e, pior, pode acabar ainda entre os vivos, naquilo que Pessoa chamou de “cadáver adiado que procria”. A poesia de Madeira é então um desses lugares raros e finos pra se achar mais da vida, seja isso o que for, de que tanto precisamos. [Guilherme Gontijo Flores]
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R$44,90L´azur Blasé é o primeiro volume da Coleção Gralha Rara, lançada pela Kotter Editorial, em coedição com a Ateliê Editorial. São livros inéditos de poetas paranaenses contemporâneos, oportunidade para se conhecer a nova poesia, fora do eixo Rio-São Paulo.
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R$44,90Esse é o terceiro volume da Coleção Gralha Rara, coedição com a editora Kotter.
Nestes tempos em que os procedimentos concretistas integraram-se ao cânone, a poesia experimental tornou-se carne de vaca; ganhou em prestígio o que perdeu de potencial crítico. O verso morreu. É com tal ânimo que recebemos Parsona, de Adriano Scandolara, e ele vem como uma lufada de vento fresco – ou uma bofetada – na cara. [Emanuel Santiago]
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R$44,90Esse é o segundo volume da Coleção Gralha Rara, coedição com a Editora Kotter.
Marcos Pamplona emerge das entranhas das coisas brasileiras trazendo um livro de poesia que já nasce clássico. Lapidar num monóstico como: “a rosa é o delírio do espinho”, o poeta brota como um áporo drummondiano entre uma rosa de Cecília Meireles e outra de Rainer Maria Rilke. Exilado, mas sempre asilado no colo da linguagem, Pamplona saca imagens sofisticadas do esplendor de seu olho “cego” para, no mínimo, desconcertar leitora e leitor. [Luciana Martins]