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R$44,90
Esse é o quarto livro da Coleção Gralha Rara, coedição com a Kotter Editorial.
Muito da poesia ocidental enveredou para o lamento: o lamento amoroso, místico, político etc. Nessas peças fundamentais, como em algo de Homero, Safo, San Juan de la Cruz, Brecht, ou Celan, impera certo código da melancolia, ou do desencanto diante da dor da vida, e a poesia vira o lugar de expor essa dor, torná-la tolerável. Felizmente há também – e necessária – uma outra linha, afirmadora da vida, que passa por momentos de Píndaro, Wordsworth, Nietzsche, Maiakóvski etc., uma linha que, se celebra estarmos vivos, em nada repete a ingenuidade abestada do coro dos contentes. É disso, dessa celebração doída, que trata a poesia de Rodrigo Madeira: a vida afirmada em meio à dor, ou, como vemos nos versos dedicados ao dançarino Kazuo Ohno, “a dança do cadáver, do fantasma / em louvor à vida, antes que a dança da vida / acabe”. Porque a vida acaba sempre e, pior, pode acabar ainda entre os vivos, naquilo que Pessoa chamou de “cadáver adiado que procria”. A poesia de Madeira é então um desses lugares raros e finos pra se achar mais da vida, seja isso o que for, de que tanto precisamos. [Guilherme Gontijo Flores]
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Avaliação 5.00 de 5
R$48,00
Em tempos de Twitter, a literatura dá mostras de que pode se renovar com o poder de concisão da linguagem. A proposta de Marcelino Freire, ao reunir cem autores brasileiros contemporâneos, foi produzir histórias de até cinquenta letras (sem contar título e pontuação). Laerte, Dalton Trevisan, Ivana Arruda Leite, Manoel de Barros, Glauco Mattoso, Lygia Fagundes Telles, Millôr Fernandes e Marçal Aquino são alguns dos que toparam participar dessa brincadeira de gente grande. O resultado é uma coletânea de soluções inusitadas e divertidas.
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R$64,00
De um lado, reflexão e ironia, exortação e elegia; de outro, corte e elipse, efeito de choque permanente entre imagens que misturam os registros do real no limite da irrealidade. Nos poemas de Cinematografia, de Paulo Lopes Lourenço, a suntuosidade lírica da poesia portuguesa – e da tradição lusitana do poema em prosa – se associa a uma percepção propriamente “cinematográfica” da sensibilidade contemporânea, compondo uma narrativa poética ímpar, calcada no lampejo e no raciocínio que extrai sentido, não raro paradoxal, da materialidade da experiência. [Manuel da Costa Pinto]
Ilustrações: Fernando Lemos
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Avaliação 4.67 de 5
R$109,00
Das elegias da Grécia Arcaica (séculos VIII-V a.C.) ouvimos, entre outras, as vozes de Sólon, criticando os excessos das oligarquias e pavimentando a trilha à democracia; de Tirteu, Calino e Simônides, enaltecendo homens comuns ao status de guerreiros épicos; de Arquíloco, dizendo que melhor do que ser épico é estar vivo; de Mimnermo, celebrando o mundo de Afrodite e seus prazeres; de Teógnis, mostrando as alianças, traições e afetos que agitam um mundo em transformação. Como gênero poético destacadamente versátil, a elegia nos permite conhecer os mais variados aspectos da existência do indivíduo na pólis.
Elegia Grega Arcaica – Uma Antologia, edição bilíngue, apresenta o que para nós é o alvorecer desta tradição poética, cuja recepção até hoje se estende, e os seus principais poetas, no original e em rigorosas traduções de Rafael Brunhara e Giuliana Ragusa. Acompanham-nas textos introdutórios, bem como alentados comentários sobre as nuances poéticas do original e o contexto histórico, linguístico e cultural subjacente a cada poema – esforço raro em antologias deste tipo –, num convite tanto ao leitor contemporâneo de poesia, quanto ao estudante que se inicia nos estudos clássicos.
Coedição: Editora Mnema
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R$42,00
Há no reinado de D. João II dois espaços, um isotópico, de consolidação do poder real sobre todo o território nacional, […], outro anisotrópico, o de expansão, de visão expandida. Não tanto de domínio territorial, mas de expansão do comércio e da cristandade. […] Fala D João é uma obra que emerge de um longo percurso de pesquisa e de criatividade, do afeto à temática e às personagens criadas e recriadas pelo autor. São poemas inspirados em D. João II. Cabral teve o cuidado de no final do livro criar notas de leitura para cada poema. [José da Silva Ribeiro]
Ilustração: Helio Cabral
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Avaliação 4.67 de 5
R$110,00
Apresenta-se aqui ao leitor o texto latino das Geórgicas ao lado de sua tradução por Odorico Mendes. A edição é ricamente anotada para esclarecer alusões mitológicas, o vocabulário técnico e preciso que o tradutor emprega em sua versão, a sintaxe que não raro imita os torneios expressivos do original etc.; as notas trazem, enfim, todo tipo de explanação que possa facilitar sua leitura por um não especialista. Reproduzem-se também os comentários do próprio Odorico, que revelam as concepções de tradução desse “patriarca da tradução criativa” no Brasil, nas palavras de Haroldo de Campos. Por fim, apresentam-se análises minuciosas dos modos vários e instigantes com que o tradutor busca recriar em português efeitos de som, ritmo e ordem das palavras que encontra no original de Virgílio.
Tradução: Manuel Odorico Mendes
Organização: Paulo Sérgio de Vasconcellos
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R$73,00
Neste volume estão confrontados os pensamentos de Hannah Arendt e Karl Marx. Sob essa perspectiva, a autora tece reflexões sobre o mundo do trabalho sem as limitações das interpretações economicistas. Eugênia Sales Wagner, que é doutora em Filosofia, questiona os estudos que enaltecem a conquista do tempo livre pelo homem moderno. Além disso, a obra aborda a problemática do desemprego na sociedade contemporânea e as incipientes propostas políticas que surgem para combatê-lo.
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R$68,00
Este livro é um compêndio de falas. Melhor dizendo, reúne discursos que se somam à fala aguda de um sujeito que discorre, com engenho e juízo, sobre palavras proferidas, registradas ou versejadas sob o signo do artifício, por homens letrados de variados tempos e lugares. Somados à voz primeira, os autores pressupõem que a linguagem seja matéria de investigação e, por isso, constitua elemento substancial nos estudos em torno da palavra. Presumem que tratados, cartas, sermões e poemas
contenham predicados e, portanto, exibam características relacionadas às circunstâncias de sua produção, materialidade e circulação. Registro de um evento em homenagem a João Adolfo Hansen, realizado em setembro de 2018, os capítulos deste volume relembram a importância de se reconstituir a primeira legibilidade dos textos de variados gêneros, estilos e temas, levando-se em conta os seus condicionamentos históricos, as preceptivas retórico-poéticas e os modelos que os autores emulavam – muito antes de imperarem os critérios de bom-gosto, originalidade e inovação, que embalam incertas vozes do tempo que supomos único, melhor e nosso. [Jean Pierre Chauvin]
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R$68,00
“Digo sem hesitar que Jacó Guinsburg não é um poeta! Nem um reles ‘poetastro’, como brinca em ‘Justiça Celeste’, um dos poemas presentes nesta publicação. Jacó está mais para uma galáxia onde orbitam memórias, feitos, livros, poemas, pessoas…” [Roberta Estrela D’Alva]
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R$39,90
Mais um volume da Série Antológicos, em coedição com a Kotter Editorial.
O interessante conceito de ostranenie [tornar estranho], formulado por Viktor Shklovsky em 1917, discute uma significativa teoria do ponto de vista que assinala o estranhamento do discurso, para exigir o empenho do leitor/espectador em decodificar o “texto”. A leitura da poesia de Luci Collin hoje conduz ao que há de mais contemporâneo, ao mesmo tempo em que joga com o estranhamento de sua sintaxe, entre fissuras e rupturas de percepção, decisivas para a construção de um encadeamento ímpar e denso como a que, por exemplo, se apresenta nos versos do poema “A Sombra”: “[…] aquele que em trôpegos traços/ se configura o que fica/ num exercício constante/ forjado de entretantos/ tentando ser o que/ parte/ […]” Desdobramentos, lacunas ou ocupações plenas da força de seus poemas, é o que faz de Luci Collin uma voz surpreendente e singular no cenário brasileiro da literatura atual. [Jussara Salazar]
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R$135,00
A tendência neoclássica na lírica do pós-guerra de Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima e Augusto Meyer é examinada aqui com base nos paradigmas internacionais e por meio do confronto com o programa da Geração de 45, a fim de se refletir sobre a lógica da dinâmica histórica e o sentido desses retornos, comumente interpretados como resposta à conversão das conquistas modernistas em convenção, levando à perda de sua eficácia estética e de seu alcance crítico. O encerramento dessa voga neoclássica toma por baliza o poema drummondiano dedicado à demolição emblemática de um marco arquitetônico de 1910 para abrir espaço a um novo. Os destroços figuram como alegoria das contradições que cercam o processo de modernização periférica no Brasil.
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Avaliação 5.00 de 5
R$65,00
“Um conto, em última análise, se move nesse plano do homem onde a vida e a expressão escrita dessa vida travam uma batalha fraternal […] e o resultado dessa batalha é o próprio conto, uma síntese viva ao mesmo tempo que uma vida sintetizada, algo assim como um tremor de água dentro de um cristal, uma fugacidade numa permanência”, observou Julio Cortázar, monumento da prosa argentina, em uma memorável conferência sobre aquele gênero literário. Na oportunidade, ressaltou ainda: “Um conto é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de energia espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às vezes miserável história que narra”. Se, por um lado, os relatos do presente volume explicitam a batalha fraternal de que falava o mestre de Todos os Fogos o Fogo, de outro, é notável que o caráter mais acentuado desta coletânea resida no empenho de Mario Higa em quebrar os “próprios limites” do metafórico cristal cortazariano. A água que escorre de dentro dele é a de um duplo batismo – o do autor, na ficção; e o do leitor, convidado ilustre de um autêntico espetáculo: o nascimento de uma voz própria, avançada, reveladora, no frequentemente repetitivo, tímido e desanimador cenário da literatura contemporânea. [Rinaldo Gama]
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Avaliação 5.00 de 5
R$98,00
A crítica textual, tal como ensinada e praticada no Brasil, sempre se propôs como finalidade a reconstituição de um suposto original, chamado por Segismundo Spina “texto genuíno”, que representaria a etapa final de composição da obra, quando já não é mais objeto de reescritura por parte de seu autor. O texto “genuíno” é um ideal filológico pensado como possível para todos os lugares e tempos e desconsidera a historicidade de várias poéticas, reduzindo-as a uma unidade sob égide romântica: nada se fala, nos manuais de crítica textual que tratam da “genuinidade”, das poéticas da voz, da performance e da recomposição pela escritura de textos que estão sempre in fieri, em estado de instabilidade. Mesmo estudos que objetivam considerar o caráter precário e movente de textos poéticos, como o de Rupert T. Pickens, que nos legou a magistral pesquisa sobre Jaufre Rudel, muita vez se deixam iludir pela ideia de “genuinidade” e acabam por impor a distintos estados textuais uma suposta hierarquia que toma como ponto referencial uma maior proximidade frente à última vontade autoral. Não assim a edição feita por Caio Cesar Esteves de Souza das poesias de Alvarenga Peixoto, em que uma reflexão crítica madura produz uma edição em que o descentramento, pela ruptura com a ideia romântica de autoria, se evidencia na prática de seleção e disposição dos poemas no interior da recolha. Caio Cesar Esteves de Souza recusa-se reconstituir os poemas de Alvarenga Peixoto a partir de uma collatio codicum que lhe permitiria alçar-se ao suposto original ou arquétipo da tradição, apresentando-nos por conta dessa negação um poeta e uma poesia mais pujantes e múltiplos. [Marcello Moreira]
Prefácio: João Adolfo Hansen
Apresentação: Kenneth Maxwell
Apoio: Harvard University – David Rockefeller Center for Latin American Studies
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R$54,00
Em sua nova coletânea, Ricardo Lima retoma o estilo minimalista e lírico dos livros anteriores, porém trata a miséria agressiva dos dias atuais com versos mais diretos, numa linguagem menos elíptica. Com trinta poemas escritos entre 2013 e 2019, Pequeno Palco é o sétimo livro do poeta cuja obra já foi comentada por Caio Fernando Abreu, Augusto Massi, Fábio Weintraub, Leonardo Fróes, Paulo Franchetti, Manoel da Costa Pinto, Fabio de Souza Andrade, Marcos Pasche, Fernando Marques, Mariana Ianelli e Luis Dolhnikoff, entre outros.
Ilustrações: Lygia Eluf
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Avaliação 5.00 de 5
R$69,00
O Retorno de Bennu, livro que o leitor tem em suas mãos, divide-se em quatro seções, “Percepções”, “Alumbramentos” – palavra que nos recorda imediatamente o nosso amado Manuel Bandeira –, “Confluências” e “Lampejos”, sendo que a primeira e as duas últimas são constituídas de uma forma entre o aforismo e o poema em prosa, esse admirável achado de Aloysius Bertrand em seu Gaspard de la nuit que, genialmente desenvolvido por Baudelaire nos Petites poèmes en prose e por Rimbaud nas Illuminations, entrou de maneira altamente prestigiosa século XX adentro, aí incluído o Brasil, com exemplos magistrais de Jorge de Lima, do pouco acima lembrado Manuel Bandeira, de Carlos Drummond de Andrade, de Mário Quintana e muitos outros. Já na segunda e mais vasta das seções deparamo-nos com a arte característica de grande parte da obra de Majela Colares, a de um consumado poeta lírico, oscilando, com notável liberdade, entre a forma fixa e o verso livre… O explícito Humanismo que domina a poesia e a visão do mundo do grande poeta que é Majela Colares situa-o numa posição altamente sui generis dentro do panorama da nossa poesia contemporânea. [Alexei Bueno]
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R$68,00
Gil Felippe faz uma navegação reflexiva em seu Rio na Parede. E não se trata de uma aventura por mares desconhecidos. O autor publicou, como ficcionista, diversos contos na década de 1960. Neste volume, Gil Felippe selecionou alguns contos publicados nesse período e acrescentou outros, inéditos. Nas palavras do próprio autor, em sua “Nota ao Livro”: “Agora posso rever esses contos com um outro olhar – o olhar da ‘melhor idade”‘.